segunda-feira, 26 de julho de 2010

RELATÓRIO DA PEÇA - MADAME

Cristilene Carneiro /Elaine Santos / Thais Mendes/ Valéria Trevizan

RELATÓRIO DA PEÇA - MADAME
Grupo: 3 Escarlate - texto: Manuela Dias - direção: Luciana Borghi - Elenco: Suzana Pires, Luciana Borghi e Carla Ribas

Um passeio pelos pontos mais marcantes do livro O segundo sexo de Simone Beauvoir. As protagonistas tentam esclarecer o que é, de fato, ser uma mulher

SÃO PAULO - AGOSTO/ 2005

Sumário

Introdução­...........................................................................................................
1 Análise dos tópicos............................................................................................
a) Dramaturgia........................................................................................................
b) Gênero................................................................................................................
c) Direção de atores................................................................................................
d) Encenação/ Censo estético................................................................................
e) Unidade e integração grupal...............................................................................
f) Atores X Personagens.........................................................................................
g) Figurino...............................................................................................................
h) Iluminação...........................................................................................................
i) Cenário ou cenografia..........................................................................................
j) Trilha sonora........................................................................................................
k) Operação de luz.................................................................................................
l) Maquiagem..........................................................................................................
m) O teatro- “clima estabelecido”............................................................................
n) Material gráfico e divulgação..............................................................................
o) opinião individual sobre o espetáculo.................................................................
p) Ficha técnica com participantes do projeto.........................................................

2. Entrevista............................................................................................................

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Fotos do espetáculo..........................................................................
ANEXO B – Filipeta de divulgação.........................................................................


INTRODUÇÃO

Para escolher essa peça, o grupo pensou em um nome o qual despertasse curiosidade. Por nosso grupo ser composto apenas de mulheres, o nome “Madame”, despertou interesse. Então juntamos esta oportunidade com as nossas necessidades feminina e artística para relatar sobre “Madame” e centrar neste tema que até hoje continua ascendente e nunca pára de provocar dúvidas em relação ao comportamento das mulheres.

A peça aborda os questionamentos humanos, portanto ambos os sexos se identificam com as situações, entretanto é colocada em evidência a complexidade do lado feminino. Tema que coincidentemente, destacaremos neste semestre, com a montagem do nosso grupo, “Yerma”. Desta forma, entraremos bastante em contato com o comportamento feminino e decidimos nos voltar para este lado no espetáculo “Madame”.

“Ela enxerga o passado ou o futuro, nunca o presente...”

(trecho de Madame)

Uma mulher em dúvida. Inquieta. Em ebulição. Desejando ardentemente descobrir o que quer. Uma busca de si mesma. Uma viagem pelo imaginário feminino. Universal. A emoção de se descobrir viva, presente. Atuante.

1. Análise dos tópicos:

a) Dramaturgia

O texto de MANUELA DIAS foi inspirado no livro O SEGUNDO SEXO DE SIMONE DE BEAUVOIR e adicionado a sua visão, a autora o tornou ainda mais rico. Seu compreendimento é de coerente clareza na sua maioria, mas em algumas partes ele também parece obscuro e reflexivo. Pelo modo de encená-lo, deu-nos a impressão da preocupação em dividir sua própria personalidade do caráter do livro.

Um de seus principais temas, foi a valorização do feminino. Mostrar a inquietação da mulher atual, sem conceituá-la ou defini-la, ela apenas levanta dúvidas e medos que as mulheres desse século possuem. Os efeitos da nova “liberdade” conquistada lhes causam: necessidade de mudar, mesmo em meio às suas inseguranças sociais; mostra a mulher como sinônimo de elevação e superioridade, a “madame” de hoje.

Nessa história, ela quebra esse medo construído pelas condições culturais. O tempo todo, a noiva é indecisa, dependente e presa aos seus costumes. Mas enquanto se prepara para este casamento, enxerga em seu espelho o tempo de sua própria vida, onde se auto-analisa, olhando para deferentes fases que vivenciou e imaginando seu futuro. Seu desejo é de conquistar espaço, seu caminho. Entretanto, para isso ela precisa consertar e satisfazer o seu ego, sua vaidade, auto-estima e auto-confiança. Algumas personagens a intervém para que isso aconteça: A mãe que a sufoca com tantos enfeites, elogios irônicos e exagerados e tanto compromisso em casá-la; Uma “Santa” que pode ser fruto de seu próprio desespero por salvar-se, encontra em suas ilusões a Santa Virgem!, esta a conduz a um caminho salvador, mas sem prazeres. Uma mulher elegante e misteriosa, a qual surge dos desejos de se superar, da busca inesgotável de satisfazer-se, ela mostra um possível caminho tentador, sexual. O auge da feminilidade: abandonar o noivo e perder-se consigo mesma, entender que existe só um sexo entre o sexo.

Com outros personagens que serão relatados mais a diante, a noiva consegue se comunicar com o seu tempo. Representados em cima de um tapete vermelho, símbolo do casamento, onde a cada passo é relatado uma angústia ou desejo seja das suas lembranças ou das suas esperanças.

Durante toda investigação da noiva, existe um olhar extremamente discreto acompanhando todos os seus passos e seus pensamentos, o da escritora. Esta fica o tempo todo em cena dentro de um mundo fechado com cortinas claras e transparentes. Seu papel é observar e algumas vezes mostrar que ao longo do tempo se adquire uma maturidade com tudo que já vivenciou. Mas no final da peça quando a noiva opta por não casar e “ser feliz para sempre”, a escritora entra em cena para aconselhá-la. A noiva ouve, porém não segue exatamente, pois precisa continuar seu próprio caminho.

O término da peça acontece quando a noiva caminha em seu tapete vermelho, com esperanças no horizonte, no que está por vir.

b) Gênero

Comédia dramática. A história é repleta de conflitos e brigas com finais trágicos, porém o humor está nos momentos onde a platéia se identifica com as situações passadas pela protagonista. Muitas piadas irônicas e inteligentes são propostas pelo texto a fim de suavizar algum momento de muita tensão.

c) Direção de atores

A diretora e atriz Luciana Borghi, diante de vários temas a abordar sobre a mulher e sobre sua posição nos dias de hoje conseguiu integrar e formar uma única unidade que pudesse nos mostrar o quanto à mulher é alvo de tantas situações e o que essas situações podem provocar na nossa vida. E o que podemos perceber é que o trabalho foi focado muito nas atrizes, primeiramente o ator e depois o que o compõem, não que o restante não fizesse parte do espetáculo, mas a interpretação forte, com peso em suas falas, nos gestos, diferentes níveis de clima, drama, comédia, ilusão trouxe para o restante uma vida que fez com que a peça se desenrolasse de uma forma continua.

d) Senso estético/ encenação

Em sua maior parte era realista, entretanto teve momentos surreais na ilusão da protagonista, a noiva. O palco foi preenchido por poucos elementos do cenário e diferentes tipos de iluminação. Os símbolos também estavam presentes: tapetes vermelhos, espelho em formato do corpo feminino e de ampulheta como um túnel do tempo, luzes fortes quando ocorriam as ilusões.

O espetáculo foi mais expressivo do que plástico, atingindo o intuito da peça, por abordar mais a atitude da mulher do que a importância com sua beleza.

e) Unidade e integração grupal

Os hormônios femininos dominam as 3 atrizes em cena. O tema da peça exige do elenco essa erupção de energia feminina, que transborda e também facilita a atmosfera alcançada.

f) Atores X Personagens

Cada personagem parece muito prazeroso para as atrizes, pois estavam vestindo-se de suas próprias essências naturais: o lado feminino. Elas se revezam com diversas personagens. Todas distintas e bem definidas, por mais coisas em comum que tivessem entre elas, a noiva, escritora, mãe, Santa Virgem, boneca, velha, menina e mulher misteriosa. A postura mudava a voz também. Percebe-se a total entrega para a personagem.

g) figurino

O detalhe de cada personagem era impecável, pois tinham tempo suficiente para se trocarem e até se maquiaram durante as cenas.

O discreto escritório da escritora foi muito utilizado para estas trocas. Dali surgiu: a velha como suas rugas feitas rapidamente, seu,sobretudo de tons marrom acinzentado e um chapéu; a boneca, que a atriz colocou uma peruca castanha com lacinhos rosas, um vestido de rendas com laços, rodado e curto, short curto por baixo branco e pintada como uma boneca com a boca bem pequena para ficar igual a boneca de pano utilizada no cenário; a mulher misteriosa, com vestido longo preto com decote em V, uma estola de pelo de animal com mesclado de marrom, colar de pérolas, óculos escuros, sapato de salto preto e bico fino ; a Virgem Nossa Senhora, que vestia um blazer vinho e com uma capa verde-limão sobre ele, supondo assas, Saia longa de pano pesado e preto, seu cabelo coberto por um lenço vinho e apitos em seu pescoço.

A mãe, outra personagem, estava com um vestido de festa tomara que caia grafite e um laço preto no meio da cintura, o comprimento da saia era nos joelhos e tinha um casaquinho curto, de rendas preto e prateado, que cobria os ombros.

A noiva era assim caracterizada por seu vestido apertado (essa característica é muito mencionada na peça), tomara que caia, com 3 saias evasê brancas e corpete bordado com cristais de cor prata... não muito bonito. Um pequeno véu com flores cobria-lhe a cabeça e um buquê de rosas cor champanhe, as mesmas do véu. Seu traje também tem uma sandália branca com brilhos, porém na maior parte da peça, a noiva fica descalça.

A escritora vestia um vestido marrom de lã e uma faixa larga, preta na linha da cintura. Um lenço amarrado em torno da cabeça e um coque, sapatos de salto marrons.

O figurino destacava cada personagem e sua personalidade. Portanto, o intuito do figurino não era apenas distinguir cada personagem, mas também demonstrar que a mistura entre atitudes e opiniões determinam como as pessoas se vestem.

h) Iluminação

É trabalhada em cima de focos, diferenciando cada momento do espetáculo, momentos esses que aparecem de maneira mais suave, outros mais fortes e essas sensações são trazidas também através da iluminação que compõem todo o contexto de todas as cenas. A importância da luz é ligar as cenas e assim formar a história, uma unidade.

No quarto – a noiva – uma forte luz branca, traz a impressão do momento real de sua vida, um tempo que mostra através de uma mulher sua verdadeira frustração diante de si mesma e diante de tudo que a rodeia.

Um escritório – a escritora – uma luz amarela fraca, um lugar que necessita de reflexão, este é o lugar de onde surgiram todas essas indagações sobre a vida dessa mulher – MADAME .

Um tapete – transição – a noiva como uma velha, uma luz âmbar segue por um enorme tapete vermelho e as duas se encontram, o presente e o futuro, considerando que a realidade necessita de saber como será o seu futuro. É muito interessante como nesses momentos a luz transforma o tapete como se fosse O TEMPO, o tempo que volta, o tempo que se apressa, mas que continua ali no sonho , na realidade é um tempo que se limita , que fica ali parado entre a luz e o tapete .

O quarto – a noiva- a solidão, neste exato momento não temos uma luz aberta, apenas um foco muito pequeno ao fundo, momento que ela fica só.

O espetáculo apresenta poucas cores em sua iluminação, as cores utilizadas são usadas nos momentos de ficção, esses que mostra a alusão da mulher diante de sua vida. A luz, juntamente com o cenário se torna o fio condutor de todo espetáculo. Apenas na última cena é que aparece uma luz vermelha que ilumina o caminho da noiva em seu tapete vermelho, essa é a iluminação mais forte e colorida da peça, um símbolo muito marcante... é a decisão.

i) Cenário ou cenografia

Existem três espaços muito bem definidos:

O quarto - apresenta um espelho em forma de mulher, com pontas arredondadas, ou poderia também ser uma ampulheta e remeter o público ao significado de túnel do tempo; um baú (utilizado como uma banco pelas personagens); livros, espalhados pelo suposto quarto da noiva; uma cortina sobre os livros, determinando uma parede e simbolizando um véu; almofadas, caixa de jóias, foto . Tudo muito simples, mas com uma riqueza de detalhes e delicadeza em sua formação, a maneira como tudo foi colocado.

Um tapete enorme vermelho que se encontra no centro do palco, este tapete começa no palco e segue por sobre a parede inferior, a que fica atrás da cena, simbolizando um caminho eterno, nele se passa os momentos de transição de imaginação na noiva.

O escritório – parede formada por cortinas, funciona como uma redoma, onde fica a escritora, facilita também a movimentação das personagens, no seu interior apresenta duas cadeiras, uma mesa, muitos livros, cinzeiro e cigarros, bebidas, papéis e canetas, muitos papéis amassados e um cabideiro, que é usado pelas atrizes para fazer as trocas de personagens.

O mais interessante nestes três espaços é identificar a divisão de territórios, que foi umas das coisas que a direção nos explicou (ler a entrevista), o mais importante foi essa divisão e que a partir daí se desenvolveu o espetáculo.

j) trilha sonora

Fazem parte da trilhas, vários trechos de músicas diferentes.

Alguns trechos são cantados pelas personagens, como uma música francesa contada pela mãe da noiva e a Marcha Nupcial, cantada pela noiva e pela boneca.

Existia também uma música tocada por violinos, a qual mudava o foco para a escritora e outra no momento em que a mulher misteriosa apareceu e “desnorteou” a noiva.

Outras melodias eram colocadas em momentos de ilusões como a do encontro com a noiva atual e ela mais velha, toda vez que a velha passava pelo tapete vermelho a música aumentava o volume, como se aumentasse a tensão.

Muitos espaços sem som exigiram do talento das atrizes para encantar o público, e elas conseguiram.

k) Operação de luz e som

O operador de luz era o mesmo do som, porém esses profissionais foram várias vezes trocados, mas não mudou em nada, tudo foi muito bem marcado e assistimos a peça várias vezes e não notamos diferença entre os operadores. Todas estavam semelhantes.

Esses profissionais souberam e atuaram muito bem, tornando o espetáculo ainda mais estético. A junção da luz com o som trouxeram de uma maneira muito clara a ligação de uma cena para a outra .

l) Maquiagem

Uma maquiagem muito simples, de muito poucos elementos. Não vemos nas personagens uma maquiagem muito marcada ou talvez estilizada, tudo é muito sutil, principalmente nas personagens mais realista que é a mãe, a noiva e a escritora, e mesmo nas personagens de ficção (que representa a imaginação), temos uma personagem que é a boneca que apresenta uma boca de boneca e que ainda assim é muito delicado quase que imperceptível.

m) o teatro- “clima” estabelecido

Antes que o espetáculo se inicia é colocada uma música para o espectador se ambientalizar ao ler o folder da peça e já ali naquele momento começar a usar a sua tão criativa imaginação.

Vários climas são estabelecidos: Entre as personagens-Drama, felicidade momentânea, guerra, desespero, êxtase; Entre o público e o palco: Identificação, melancolia, espanto.

n) Material gráfico e divulgação

Foram utilizados: assessoria de imprensa, a qual conseguiu que as atrizes participassem do Programa de Tv Charme de Adriane Galisteu, no

SBT; 3 anúncios escritos na Revista Divirta-se do Jornal Estado de São Paulo e no Jornal Folha de São Paulo; Filipeta e Buner com a fotos das 3 atrizes, cor branco e preto, um pouco desfocada e apagada para remeter um sonho, e o nome da peça em destaque. E divulgação boca-a-boca.

o) Opinião individual sobre o espetáculo

Cristilene Carneiro:

Enquanto assistia, pareceu-me que todo o espetáculo estendia as mãos para quem estivesse interessado em caminhar naquele tapete vermelho. Junto com elas. Aprender um novo trajeto. Elas foram acolhedoras e gentis, como mães. Ao mesmo tempo onde nos mostraram com cumplicidade que a mulher era uma criança... A qual foi educada e obedecia as ordens de costume. Depois começou a andar sozinha. Deu um berro e aprendeu a falar. Há pouco tempo atrás estava naquela fase em que não parava de falar e de querer chamar a atenção. Hoje, passou da sua fase de moça delicada, já foi rebelde solteirona, mas precisa uma identidade enfim... Será que precisa mesmo?Pois prestes a se casar e assumir a felicidade eterna, está agora assustada diante do espelho por que berra...

Madames, agradeço pelo grito!

Elaine Santos :

Antes mesmo que tivesse oportunidade de estar tão próxima das atrizes Suzana Pires, Carla Ribas e Luciana Borghi, o espetáculo se apresentava na minha ótica como algo que proporciona a reflexão sobre a nossa vida, a mulher e suas atitudes em relação a sociedade. Confesso que esses itens se tornaram muito mais significantes depois que ouvi as atrizes pessoalmente é como se tivesse lido um livro e depois pudesse estar com esse autor frente a frente e o que torna isso mais fascinante é que a importância da mulher não fica apenas ali no palco, no texto , no cenário, no figurino, iluminação enfim essa importância está também no camarim, na coxia, na chegada das atrizes no teatro e como elas mesmo lida com essa esta questão, da mulher e o que a está em sua volta.

Um espetáculo sem muitos recursos, mas com o que há de mais completo e fundamental para a arte do teatro e o que vemos é a importância que é dada para as atrizes, para o trabalho delas dentro de todo esse contexto. Assim como a Luciana Borghi nos disse que o mais difícil é você conseguir do nada fazer algo, mais esse caminho se torna mais valioso e completo quando se acredita. Faço das suas palavras as minhas, pois do que adianta o espetáculo com vários recursos sendo que a essência de tudo isso tem que estar no ator e se isso não acontece não há espetáculo.

A principio quando não sabíamos qual espetáculo iríamos trabalhar, mas já sabíamos que era necessário uma escolha rápida, então fomos e assistir MADAME, a primeira impressão e umas das primeiras frases que saiu do nosso diálogo, foi que tínhamos escolhido a peça certa, que neste momento não poderia ter sido outra, por falar da mulher e por nos colocar diante de fatos e questões que atualmente anda tão distante de nossas realidades. A valorização da figura feminina, que não está apenas na conquista de status, mas sim no seu comportamento diante dessa conquista, que a mulher acaba abrindo mão do ser mulher para alcançar um determinado objetivo quer seja profissional, pessoal e até familiar.

Existe uma coisa que eu particularmente gosto de tirar de todo espetáculo que assisto que são aqueles momentos marcantes, frases que não apresenta tão claramente, mas que nos coloca diante de uma reflexão, ou até nos dá um tremendo tapa na cara . O espetáculo MADAME, neste aspecto me fez me encontrar no sentido de saber no papel de uma mulher qual o meu dever, de saber quais são realmente as minhas vontades e de acreditar ainda mais no teatro, digo isto porque senti uma sensação tão gostosa ao estar com essas pessoas que nos trouxeram nas suas respostas sem temor algum a realidade do teatro, mas ao mesmo o quanto o teatro é muito mais verdadeiro e como CARLA RIBAS disse ele nos torna uma pessoa melhor. Talvez não seja POR ACASO QUE TENHAMOS ASSISTIDO Ao ESPETÁCULO QUATRO VEZES.

“... A vida não é tão simples assim...”.

È não tão simples mesmo, e quando estamos diante deste fato, a frustração passa a ser o alvo de nossas metas. Nem tudo é como a gente quer. Quando criança imaginava que o meu futuro fosse completamente diferente do que é hoje e hoje imagino o meu futuro... Como será? Não sei, talvez seja melhor viver o que se passa agora o futuro é o segundo após o agora e ele é construído diante de nossas vontades e necessidade.

“... Deixa de ser criança...”

Deixar de ser criança. Quando e por quê? Quando descobrirmos que podemos tomar nossas próprias decisões e porque nem sempre o mundo é feito de fantasias, a criança sempre vai existir, mas um dia vai chegar ao estágio que deverá saber para onde terá que seguir.

“... Eu sei o que eu quero . Quero ser uma mulher que eu admire, incrível. Quero ser simplesmente uma mulher ... “ / “ ... Uma mulher nunca é simples ...”

Saber o que queremos, esse é um dos fatores que realmente é muito complexo. O momento exato que estamos frente a frente às dúvidas, incertezas, conquistas, decisões. A simplicidade não é tão simples assim. Através dela estamos de encontro com a nossa essência de ser humano. E o que fazer? Sim ou não?

“ Ouve a voz dos outros com os ouvidos e a da gente com a garganta ”

Thais Mendes:

O começo, jogo de luzes, hora destacando a noiva indecisa, hora destacando a escritora me fez lembrar um álbum de fotografias.

No decorrer da peça, as 3 atrizes levam o espetáculo e um pouco mais de 1 hora em um piscar de olhos. O prazer em pisar no palco, de fazer essa peça, é grande e chega ao público.

No entanto, o sotaque carioca é estranho no começo, mas aos poucos vai tendo menos importância.

Não é uma montagem com apelos e efeitos visuais, e é essa simplicidade rica em detalhes, que faz cada elemento da peça ter sua importância e completar os outros. Ocorre uma sinergia entre iluminação, cenário, sonoplastia, atuação, maquiagem, direção, tudo precisava estar ali.

Só posso aplaudir essa peça, a qual me identifiquei muito.

Harmoniosa! Era o que Madame gostaria de ser e que a peça Madame foi!

Valéria Trevizan

Falarei do processo de trabalho todo, acrescentou muito, de inicio pensei que não gostaria muito do espetáculo, mas fui me envolvendo aos poucos, achei o elenco muito bom, muito preparado, e isso já conta grandes pontos para que eu goste.

O tema do espetáculo é discutido há décadas e cada vez mais existe descobertas mágicas girando em torno desse assunto.

Gostei da proposta de encenação, se apegando aos pequenos detalhes, como a bonequinha de pano, os livros, as flores...

Não tinha nada exagerado, alguns momentos cômicos, mas que cabiam na história.

O encontro com o passado, ter uma chance de mudar tudo, acho que todas as mulheres gostariam de poder ter isso. Talvez nem seria para mudar somente para rever, refletir.

Chegou a parte das entrevistas, marcamos com apenas uma, mas acabamos conseguindo falar um pouco com cada, elas me mostraram um outro lado da peça, ao assistir novamente, depois da entrevista... eu me sentia mais mulher, eu queria estar ali com elas, foi uma coisa meio louca. Elas conseguiam passar o prazer de estar no palco, de ser do teatro, lindas!

Todas as mulheres têm o direito de desfilar por aquele tapete vermelho.

“Uma mulher nunca é simples”

p) Ficha Técnica das participantes

ELENCO:

Suzana Pires: idealizadora, realizadora e atriz do projeto. 28 anos, é atriz e produtora cultural, graduada em Filosofia pela PUC-RJ e, atualmente cursa a pós-graduação em Arte e Filosofia na PUC-rio. Na TV atuou nos seriados Sítio do Pica-Pau Amarelo, Confissões de Adolescente e Mulher e nas novelas Agora é que são Elas e Tocaia Grande, No teatro fez Um Ensaio Aberto, Bodas de Sangue, Bailei na Curva, A Lira dos Vinte Anos, Do Outro Lado da Tarde e A Beira do Mar Aberto. Dirigiu o espetáculo "Assim Falou Zaratustra - prólogo", de F. Nietzsche e a Oficina Teatro e Filosofia que integrava a programação do II Colóquio Internacional de Filosofia: "O Trágico e seus Rastros", oferecido pela Universidade Estadual de Londrina. Ministrou o curso O Artista Empreendedor na Universidade Estácio de Sá. Neste momento prepara o livro "O Artista Empreendedor".

É atriz há 13 anos e produtora há 11 anos.



Luciana Borghi: diretora Idealizadora e coordenadora do projeto Nova Dramaturgia Brasileira. Produtora e curadora de inúmeras mostras nacionais e internacionais de Dramaturgia Contemporânea, como a Mostra Brasil-Europa com participação de 8 países europeus e a vinda do ROYAL COURT ao Rio de Janeiro. Coordenou e Dirigiu durante 4 anos o núcleo de Teatro Psiquiátrico do IPUB onde realizou várias montagens, tendo estudos e publicações acerca de seu trabalho terapêutico em instituições públicas de Saúde Mental. Como atriz: "Ovo Frito" de Fernando Bonassi, "PELECARNESANGUEOSSOS" de Roberto Alvim, "Qualquer Espécie de Salvação" de Roberto Alvim, "Vagina Dentata" Texto e Direção:Roberto Alvim "Cacilda" de José Celso Martinez Corrêa "Mundo Pânico" texto e Direção:Roberto Alvim "Sinfonia" texto e direção:Roberto Alvim "Multiplicando Electra" de LucianaBorghi "TURANDOT" Direção:Amir Haddad "Sertão" com o Centro de D. e Contrução do Espetáculo de Aderbal Freire Filho "Marinheiro" com o Teatro do Pequeno Gesto "Brasil de Lá pra Cá" . Como diretora: "Nostradamus" de Doc Comparato no Centro Cultral do Banco do Brasil.Com:Laura Cardoso, Tonico Pereira e Cecil Thiré.(co-direção de Renato Borghi) "Todas as Paisagens Possíveis" de Roberto Alvim "Valsa nO 6" com o Teatro do Pequeno Gesto "Acerto de Contas" , "Escorial" de Michel de Ghelderode "O Lavrador de Palavras" de Mano Melo "O Candidato" de Alcione Aráujo .

Carla Ribas: Designer, Carla largou tudo aos 35 anos para encarar o teatro. Tem entre as credenciais uma indicação para o Mambembe por A ver estrelas, de João Falcão. Principais trabalhos no teatro: Mundo Pânico, Sinfonia Metástase, Cenas de Uma Execução, Navalha na Carne, O Banquete, e A Ver Estrelas.

Na televisão: Estrela Guia, Mulheres Apaixonadas, Brava Gente. Trabalha também como Coach- prepara atores. 47 anos, é atriz há 12 anos.

TEXTO

Manuela Dias - dramaturgia Graduada em jornalismo pela Universidade Estadual da Bahia e em Cinema pela Universidade Estácio de Sá. Co-escreveu, ao lado de Perry Salles, a peça Glauber, e a peça Soul-4. Como roteirista da rede Globo, escreveu o seriado Mulher, o especial Mama África, o programa Sandy & Junior, e a novela infantil Bambuluá. Assinou a redação final do programa Fama e atualmente roteiriza o programa Mundo da Imaginação. No cinema, foi analista de roteiro do filme Tainá, Uma Aventura na Amazônia, com direção de Tânia Lamarca. Assinou o roteiro dos longas Tudo Isso Para Ficarmos Juntos,de Ciro Duarte e Deserto Feliz, de Paulo Caldas.



DIREÇÃO GERAL: Luciana Borghi. NOME DO GRUPO: 3 Escarlate

CO – DIREÇÃO : Carlos Renato

CENÁRIO: André Sanches.

FIGURINO: Gisele Batalha.

ILUMINAÇÃO: Wagner Pinto.

PROJETO GRÁFICO : Marcos Leme

TRILHA SONORA: Ricardo Cutz.

FOTOGRAFIA: Andréa Rocha

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Bebê Baumgarten – BD COMUNICAÇÃO

Antoune Nakke – PARCERIA 6 COMUNICAÇÃO

PRODUÇÃO EXECUTIVA SP: Juliana Garavatti

ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO: Tatiana Simplício

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Ângela Frota

REALIZAÇÃO: Suzana Pires e Ângela Frota (Produtoras Associadas )

ESTRÉIA: 4/08 - quinta-feira PERÍODO: quarta a sábado, às 21h ; domingo, às 20h - até 28/08 DURAÇÃO: 60 IDADE: A partir de 14 anos

PREÇO: R$8,00 SALA JARDEL FILHO: 324 lugares PREÇO POPULAR (R$1,50): 11/08 (qui.) BILHETERIA (HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO): 1 hora antes.



2. ENTREVISTA

A entrevista foi realizada com as três integrantes do elenco, pois cada uma possui maior propriedade em responder determinadas perguntas.

Carla Ribas: Atriz há 12 anos, prestou Pré Dacau , porém foi convidada a trabalhar antes mesmo de fazer o curso, não possui DRT, mas fez duas oficinas de teatro e tem muita experiência no meio. Além de atriz, trabalha como Coach - prepara atores. Tem 47 anos.

Suzana Pires: É atriz há 13 anos, formou-se no Tablado, possui DRT, fez graduação de Filosofia e faz Pós - graduação nesta área. É produziu o espetáculo e é produtora há 11 anos.

Luciana Borghi : Diretora e atriz

1– Como foi o processo de criação do espetáculo?(Cenografia / figurino / Iluminação / Maquiagem / Sonoplastia)

Luciana Borghi : Bom, em relação à concepção do cenário, é muito importante porque ela fez coisas que não tinha na dramaturgia, por exemplo, aquela divisão dos territórios pelo tapete, o tapete como fio condutor, definindo as zonas dramáticas foi essencial. Então eu acho que o cenário neste espetáculo, em alguns espetáculos o cenário às vezes ambienta, neste ele conversa. Ele é mais que observação, ele é personagem que está na dramaturgia. Foi desta idéia, que muitas coisas do cenário surgiram.

Figurino:

Luciana: O figurino se passa em três instâncias, assim como as fases do texto; A mãe e a noiva na realidade, temos a Simone Beauvoir, escritora que também é uma realidade, mas em outro tempo, que é o figurino da madame, e você tem os personagens fictícios que são as personificações do livro, cada um é um aspecto do livro: a infância, a velhice, a sexualidade e a parte do sagrado, que é a Virgem Maria, não só do sagrado mas dos compromissos, da moral, dos valores vigentes de uma época dos aspectos femininos, enfim... Então você vai achar três partes do figurino também, que agente identifica porque na parte de ficção, percebe-se a diferença dos figurinos que trazem uma estilização. Assim como a madame, tem sua coroa, o casaco pra ter mais significado.

Luz:

Luciana: Como o texto já é bem fragmentado, por estas estações que falamos. A luz tenta dar uma continuidade como emenda; uma luz que emenda uma cena em outra. Uma atmosfera nunca morre antes da outra já começar a ser desenhada. Então, se você perceber, foco em um lado, mas onde sempre tinha coisa do outro, e sempre tinha essa transição como se fosse um barco mesmo conduzindo a história. Então a luz entrou com o papel de fio condutor. Não é só foco ou atmosfera, mas é fio, junto com o cenário, mas se comunica de outro jeito. A luz é a mágica, e o cenário o concreto. Usamos poucas cores também por causa dos figurinos das personagens.

Grupo: Por isso que as poucas cores passavam impressões de serem bem fortes em alguns momentos?

Luciana: Sim, o iluminador propôs e eu concordei com ele de trabalhar com pouca cor e pouco efeito também. São climas, e não efeitos de luz. Tem muita diferença um efeito luz e uma atmosfera cena. Tem uma coisa que eu busquei, é até um conselho do grande homem de teatro, Aderbal Freire Filho, que é apostar numa cena e no ator. Quanto mais truques você inventa, quanto mais excessos de marcações você põe, mais você está encolhendo o ator. É melhor enxugar. O truque não resolve excessos de movimentações de luz, de elementos no cenário, de adereços, grandes idéias plásticas sem saber o que e como dizer claramente o que você quer.

Maquiagem:

Luciana: A maquiagem ela é muito simples. Só nos voltamos pro feminino no processo de maquiagem, uma boca da madame, da boneca. Ela é mais uma maquiagem de mulher, útil pra todas, entende?Que serve mais pra todos os papéis da mulher do que uma maquiagem marcada pra cada uma. A única coisa mais estilizada é a boquinha da boneca, talvez. E mesmo por que a Carla quis muito usar aquilo.

Sonoplastia:

Luciana: A gente pensou em mudar este universo também, a madame aparece com uma música dos anos 50, uns violinistas também. As músicas também ajudam a determinar os espaços. E uma música muito importante na peça, seria o silêncio da cena da mãe com a noiva. Nunca tem música neste aposento, porque a mãe já tem uma música dela própria que é a dimensão dela mesma...

2- Como está sendo fazer esta personagem? O que ela te traz?

Suzana- Incrível, trás a possibilidade avaliar os meus passos, minhas próprias escolhas, me dá mais responsabilidade às minhas decisões e de estar viva.

3 – Ao ler o texto qual foi sua primeira impressão? Teve algo que chamou mais sua atenção?

Suzana – Não tive o texto em mãos, tivemos a experiência de fazer tudo, para o trabalho evoluir. Trabalhamos com vários elementos.

4 – Por que Madame ?

Suzana-Escolhemos montar um texto que surgiu do livro – O Segundo sexo de Simone de Beauvoir, que não é um texto de teatro, mas que possuísse uma simbologia e assim pudéssemos transformá-lo em dramaturgia, escolhemos Madame.

5 – Qual a intenção do projeto?

Suzana – A intenção é falar da mulher em todos sentidos, falar da Simone, mostrar esse universo que se perdeu. Mas descobrimos que acabamos por falar não só da mulher, mas também do ser humano. Tanto que teve homens que saiam do teatro chorando.

6- Essa realização do espetáculo correspondeu com a sua expectativa?

Suzana-Sim, em São Paulo ultrapassou a expectativa.

7 – Tiveram alguma dificuldade para conseguir patrocinadores / apoiadores?

Suzana- Sim , sabemos que isto vai sempre existir o importante é nunca desistir. A busca de patrocinadores e apoiadores foi de acordo com a nossa peça.

8- Como você vê hoje o papel da mulher na sociedade?

Carla- Depois dessa luta de Simone de Beauvoir, perdemos o feminino e estamos pior que o modelo masculino. Ser mulher é buscar a sensibilidade do que é ser feminino para abrir portas e romper o padrão. O padrão atual está ruim, mas não podemos voltar ao padrão antigo, precisamos fazer um novo padrão de ser mulher. Buscar a importância de se questionar, de pensar. Vejo que estamos começando a entender o que é ser mulher. Precisamos resgatar a sensibilidade, magia. É momento de rever.

Luciana: Acho que ela precisa voltar a usar os elementos principais da natureza feminina.

9- Vocês já trabalharam juntas em outro espetáculo?

Suzana- Nós já nos conhecíamos. A Carla e Luciana já trabalharam juntas 2 vezes, no Rio de Janeiro, mas as 3 juntas é a primeira vez.

10- Quanto foi investido no espetáculo?

Suzana- Não tenho precisão de quanto foi investido, mas o maior gasto foi com cenário e figurino e o resto foi apoio, tivemos muito apoio.

11- Qual lei de incentivo que foi utilizada? Dificuldade?

Suzana- Lei Ruanet E ICMS do Rio de Janeiro, mas é muita burocracia para conseguir marcar hora na empresa e depois conseguir o patrocínio. Muitas empresas fecha com você e chega na hora e fala que não vai mais ajudar.

12- Há quanto tempo estão em cartaz e projetos futuros?

Suzana- Foram 20 apresentações em São Paulo- 1 mês e ficamos anteriormente no Rio de Janeiro durante 2 meses, é uma peça para durar bastante, mas agora iremos descansar um pouco e colocar em prática outros projetos individuais.

13- Já trabalharam em TV? Gostaram da experiência?

Carla: Eu já fiz duas participações em duas novelas; “Estrela Guia” e “Mulheres apaixonadas”, e no “Brava Gente”. Mas não gosto de fazer televisão. A televisão só traz duas coisas: fama e dinheiro. O teatro traz...(Risos). O teatro me torna uma pessoa melhor. Então eu não abro mão disso por causa de fama e dinheiro! Enfim, a respeito de criação do ator, você não tem tantas condições de fazer um trabalho tão bom quanto você tem no teatro. Você tem que ser quase um “altista”, né! Pra se desligar do que ta acontecendo, pra mim é mais difícil e menos prazeroso Tv. Eu adoro ouvir o terceiro sinal! Depois do terceiro sinal, ninguém vai me interromper, sabe?Nada vai me distrair... E tudo que me distrai é a favor. Minha praia é essa.

Suzana: Eu fiz, “Tocaia Grande” na Manchete, por teste. Gostei de fazer TV.Até depois fui fazer o seriado “Mulher” e “Confissões de adolescente”. As novelas “Agora é que são elas” e “Da cor do pecado” . Aí no passado eu fiz o sítio do pica-pau amarelo, e até que eu era uma personagem bem legal. Mas pra TV assim...Eu nunca tive problema. Um que eu fiz e aplaudo foi o “sítio do pica-pau amarelo”, lá eu ficaria até morrer! Tem um clima...É mais cinema, porque você tem mais tempo pra preparar as cenas, o cenário é todo de grutas e fantasias...Pra criança, né?Eu amei.

14- E cinema?

Carla: Eu vou ficar em São Paulo até dezembro pra ser protagonista de um longa-metragem do Chico Teixeira chamado “A casa de Alice”. Vou fazer a Alice com a preparação da Fátima Toledo. Então estou num misto de muito feliz e apavorada ao mesmo tempo. Alice é uma manicure que pega metrô etc.). Eu fiz também uma participação muito pequena em “O outro lado da Rua”, e um filme que ainda não estreou “No meio da rua”.



Diante desse misto de grandes atrizes e de pessoas que sabe que o teatro é uma infinidade de prazer , nos encontramos de fato com excelentes profissionais tanto no nível artístico quanto no nível de ser humano . E saber que existe ainda pessoas que acreditam no teatro, que sofrem , que leva este trabalho com uma imensa seriedade e humildade e fazem de tudo para proporcionar a várias outras pessoas uma satisfação de assistir um espetáculo compostos de personagens que muitas vezes fala de suas próprias vidas , mas de uma maneira mais enlouquecida , chegando a tal ponto de despertar interesse a um reflexão sobre a vida .

Foi o que sentimos quando começamos a fazer este trabalho, principalmente quando assistimos ao espetáculo pela primeira vez, nos identificamos com as questões colocadas, as dúvidas, as inquietações. E o que realmente queremos para nossas vidas? Pergunta que não quer calar.

Nós agora seguimos para o passo seguinte...

“ E UM DIA VAMOS SER ADMIRÁVEIS, INCRÍVEIS MADAMES.”

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