Absurda -----------------------------| Cometa!
Discutível ser humana -------------| Cometo tudo:
mente inquieta e alma aberta ----| arte, amor e Deus
Gororoba in/digesta ---------------| o fim do mundo
de urbana mundana ----------------| corro porque depois, passo
com bahiana leviana ---------------| --------------------------------------------------------------------------------| Depois covarde são irônicos
Mas banhada de mundos -----------| borbulhantes que não amam
Manto de palavras ------------------| nem se matam
congelam meus prantos ------------| Eis-me aqui, Cínico
por camadas
de sol risos
---------------------------- surre a lista -----------------------------
ENTRESCREVA, SAIATIRIZE, NAUFRAVIAJE, VIVOE, COMENTECAPTE, MINTALIZE, POETIZE, SARAUSE, RECADOE, ANUNCINTETIZE, VOMIMITEM, CUSPALHEM, ENFIM: QUALQUEIRAM!...
sábado, 19 de setembro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Posto
Do porquê postar num blog:
Depois de muito pensar e pouco decidir é que resolvi parar e, pôr coisas por aqui, por várias coisas:
_ o tempo que dedicava minhas dúvidas sobre impôr ou não pensamentos a mim e aos outros, já me era bastante razoável para registrá-los, mesmo que não definidamente, como conclui que nunca seria graças à divina inconstância humana!
_ Prontidão, preparação ou fórmula e estilos alcançados e rotuladores passaram a ser meus inimigos e de muitos dos meus colegas escritores. Não há mais referência no universo de linguagem e na vasta rede de possibilidades hoje, agora. Não mais depois, acabamentos...
_ Acabamentos não têm mais cabimento, perdeu o valor no mundo instantâneo, sem finitudes aparentes e com muitas "eternizações" virtuais...
_ Virtude virou virtual, o modelo clássico de clássicos desclassificou-se nessa, não mais somente uma biografia composta de coerências com as obras e características originais! Ah, por favor, ora ora, hoje se joga tudo fora, sim! Vamos embora, só o agora continua sendo hora, não há mais realismos depois desse exagero na percepção do instante, ele nos foi tão exacerbado que o determinismo colocado nas lógicas de escrita evaporou e chora-nos pela sua demora em cair fora... Saiu da linha, como tudo.
_ Pela falta de linearidades, critérios. Pela liberdade que virou nossa verdade, a mais nova sagrada e solicitada, substituída, por vezes, por uma vontade em alcançá-la. Claro que assim como Deus, Ciência, Razão, Crítica, História, Estética e Arte, logo logo também a descartaremos, e novamente nomearemos outra palavra para dar sentido à vida.
_ A falta de porquê e sentido, já é o maior sentido da vida ou, da escrita...
_ A-presento/En-saio, mas tem-to: Posto. Entrem, passem, olhem, abasteçam ou não. Mas não pare, poste! E boa viagem...
"... Escancarado tanto
que não tem mais porquê
engolir idéias ou esconder
qualquer tipo de pranto
a vergonha quer emagrecer... "
Depois de muito pensar e pouco decidir é que resolvi parar e, pôr coisas por aqui, por várias coisas:
_ o tempo que dedicava minhas dúvidas sobre impôr ou não pensamentos a mim e aos outros, já me era bastante razoável para registrá-los, mesmo que não definidamente, como conclui que nunca seria graças à divina inconstância humana!
_ Prontidão, preparação ou fórmula e estilos alcançados e rotuladores passaram a ser meus inimigos e de muitos dos meus colegas escritores. Não há mais referência no universo de linguagem e na vasta rede de possibilidades hoje, agora. Não mais depois, acabamentos...
_ Acabamentos não têm mais cabimento, perdeu o valor no mundo instantâneo, sem finitudes aparentes e com muitas "eternizações" virtuais...
_ Virtude virou virtual, o modelo clássico de clássicos desclassificou-se nessa, não mais somente uma biografia composta de coerências com as obras e características originais! Ah, por favor, ora ora, hoje se joga tudo fora, sim! Vamos embora, só o agora continua sendo hora, não há mais realismos depois desse exagero na percepção do instante, ele nos foi tão exacerbado que o determinismo colocado nas lógicas de escrita evaporou e chora-nos pela sua demora em cair fora... Saiu da linha, como tudo.
_ Pela falta de linearidades, critérios. Pela liberdade que virou nossa verdade, a mais nova sagrada e solicitada, substituída, por vezes, por uma vontade em alcançá-la. Claro que assim como Deus, Ciência, Razão, Crítica, História, Estética e Arte, logo logo também a descartaremos, e novamente nomearemos outra palavra para dar sentido à vida.
_ A falta de porquê e sentido, já é o maior sentido da vida ou, da escrita...
_ A-presento/En-saio, mas tem-to: Posto. Entrem, passem, olhem, abasteçam ou não. Mas não pare, poste! E boa viagem...
"... Escancarado tanto
que não tem mais porquê
engolir idéias ou esconder
qualquer tipo de pranto
a vergonha quer emagrecer... "
Ser ânsia
A segurança do ser
é aquela que segura
a ânsia de seguir
Toda segurança
é cega na ânsia
de ser segura
é aquela que segura
a ânsia de seguir
Toda segurança
é cega na ânsia
de ser segura
Limite
Lima o ter
e teima
obedecer
um tema
Mate a meta
molde a morte
tema o medo
de amolecer
Lata e letre
mote o lema
de amortecer
o lote
Desmereça
intimide o letal
milite a tela
lamentável
Inicie, provável
enlouqueça
mate o start
história d’arte
e teima
obedecer
um tema
Mate a meta
molde a morte
tema o medo
de amolecer
Lata e letre
mote o lema
de amortecer
o lote
Desmereça
intimide o letal
milite a tela
lamentável
Inicie, provável
enlouqueça
mate o start
história d’arte
Contradução
A dívida mata a dúvida
contrata-se o contra
em favor da conta
Pagar à la carte
contratar um teto
para se camuflar
nas vias do acerto
Superfície calma
contrastante à tribo
do trato consolidado
consome-se ao trote
À tristeza contida
consumada na clareza
na trivialidade
de uma vida fugida
Curtida até a sobeja
contam-se todos
sobre quaisquer mesa
inumeram-se os lodos
Conte uma história
Cante um número
Coma o dinheiro
Corte o paradeiro
Desencoste as costas
cote a desculpa
que te cota:
desconte
Carme in mira, anda!
Não entre
Entre um e outro não
entretem a nós
alguma ligação
Ação não vem
os nós em vão
nada intervém
Entram nãos
nós sentamos
saem mãos
Não entoado
ei-lo à sós
resignou a nós
Não entre não
ecoa em clássicos
emissores de chão
Em trevas
não entre, não
mesmo enquanto houver
o um entre nós
entretem a nós
alguma ligação
Ação não vem
os nós em vão
nada intervém
Entram nãos
nós sentamos
saem mãos
Não entoado
ei-lo à sós
resignou a nós
Não entre não
ecoa em clássicos
emissores de chão
Em trevas
não entre, não
mesmo enquanto houver
o um entre nós
Infer-homem
Des-cobri-me
quem tenho
ao não ter nimguém
da onde eu venho
Veio o feto
e este encolhido
não aberto
mostrou o gemido
Chora, mas grita
encolhe o peito
e também se agita
mas vive do leito
És fraco ser
quanto mais vive
pra se enrijecer
por qualquer deslize
Ativa uma falta
carente de colo
diz que luz te é alta
pra ter mais consolo
quem tenho
ao não ter nimguém
da onde eu venho
Veio o feto
e este encolhido
não aberto
mostrou o gemido
Chora, mas grita
encolhe o peito
e também se agita
mas vive do leito
És fraco ser
quanto mais vive
pra se enrijecer
por qualquer deslize
Ativa uma falta
carente de colo
diz que luz te é alta
pra ter mais consolo
Proustituta
Obrigada
Envolvi-me
por você
com o nada
Ir contra
para ir
a favor
do amor
Obrigada
a não te querer
e não ser paga
por me vender
ao não
Ode de Crecy,
Dê-me a mão
demi-monde
Demi Moore?
é mais comum:
comunistas em vão
você, só mais um
Mas não, vida
sem pudor ao pudor
e love-me e leve-me
a Proust, amor
Desenho político do amor
Envolta em vozes
volúveis e inviáveis
enfraqueci o vulto
e me enviei a ver
O que era ter a vez
de se envolver
em vias do querer
amar a insensatez
Pra se envolver
captar as voltas
em vez do lugar
é virar as costas
No que vem a estar
e não ver no que dá
escutando o silêncio
controlar o olhar
Envolver é cuidar
olhar para o outro
vizando se cegar
no que venha do bruto
Desenvolver é jogar
ouvir a si mesmo
comprar o brincar
de ser um desejo
volúveis e inviáveis
enfraqueci o vulto
e me enviei a ver
O que era ter a vez
de se envolver
em vias do querer
amar a insensatez
Pra se envolver
captar as voltas
em vez do lugar
é virar as costas
No que vem a estar
e não ver no que dá
escutando o silêncio
controlar o olhar
Envolver é cuidar
olhar para o outro
vizando se cegar
no que venha do bruto
Desenvolver é jogar
ouvir a si mesmo
comprar o brincar
de ser um desejo
Liteleitura
Mãe das letras
pus para assar
o seu leito
cansei de mamar
No seu peito
me amei ler-te
amoletos à lei
de leite, li
ter a dura
dar-lhetrazer
lamber o gorfo
li-te, leitura!
pus para assar
o seu leito
cansei de mamar
No seu peito
me amei ler-te
amoletos à lei
de leite, li
ter a dura
dar-lhetrazer
lamber o gorfo
li-te, leitura!
Lícito
Para tu me licitar
é necessário uma
solícita lista e só
e, Cia.
Acompanhada de:
Milícias
Messias
e Malícias
Se tu me lista
És ativo militante
E por me listar
Um militar
Mas só lista e cita
para pelo menos
mais companheiros
me ex-citar?
é necessário uma
solícita lista e só
e, Cia.
Acompanhada de:
Milícias
Messias
e Malícias
Se tu me lista
És ativo militante
E por me listar
Um militar
Mas só lista e cita
para pelo menos
mais companheiros
me ex-citar?
Suicídio
Dexistência
no entender materno
nega o gênio do últero
e deixa o umbigo aberto
Não a si
murcha a mãe
peito inchado
contra o generado
Famigerada
família da vida
minada de idas
encarceiradas
Desvinculo
além de futuro
matar o passado
e partir do parto
no entender materno
nega o gênio do últero
e deixa o umbigo aberto
Não a si
murcha a mãe
peito inchado
contra o generado
Famigerada
família da vida
minada de idas
encarceiradas
Desvinculo
além de futuro
matar o passado
e partir do parto
mim.exe
Po favor,
me vê mais
um ceder
Sede de afectos
preciso de você
como espelho
para me espalhar
Na busca de praticar
o verbo eu reconhecido
nessa mímese de sentido
encontro-me em ti
Objeto é o instinto
que não reflete
o amor de si
em nome do parecido
Dissimula o escondido
institui um ego
que vem do espontâneo
objetivo e direto
Ama um eu
que não passa de verbo
manifesto no amor
que da afectividade é o feto
me vê mais
um ceder
Sede de afectos
preciso de você
como espelho
para me espalhar
Na busca de praticar
o verbo eu reconhecido
nessa mímese de sentido
encontro-me em ti
Objeto é o instinto
que não reflete
o amor de si
em nome do parecido
Dissimula o escondido
institui um ego
que vem do espontâneo
objetivo e direto
Ama um eu
que não passa de verbo
manifesto no amor
que da afectividade é o feto
sobre a vida
Sobre a vivência:
acima da vida.
afirmação pelo não:
abaixo à vida!
Sub-vida não,
sobrevivência:
sobressalto de si
para fora de si
Fora de mim
Uma vida que fora
De fora pra dentro
Voltou pra fora
acima do sem saída
deu volta por cima
pela entrada
sobre-saiu-se
acima da vida.
afirmação pelo não:
abaixo à vida!
Sub-vida não,
sobrevivência:
sobressalto de si
para fora de si
Fora de mim
Uma vida que fora
De fora pra dentro
Voltou pra fora
acima do sem saída
deu volta por cima
pela entrada
sobre-saiu-se
amorte
Dois parecidos
falhos filhos
desiludidos
rasgos na folha
Da troca de gritos
contra-vocálicos
ilude a morte ou vida
dita, contraria ditos
Como esta lida
lida com o estado
és lado só de ida
a volta é passado
Presente é forca
sem cedilha
pendura-a na boca
futurando a trilha
persiste
nos desalentos
até agora existe
mas não vive
nem despenca
pendurada no tempo
Amor percorre a morte
assim como a vida
amorte paga a sorte
de reviver a dívida
e sobre-viver em dobro
por não ser nem não
algo que possa ter troco
falhos filhos
desiludidos
rasgos na folha
Da troca de gritos
contra-vocálicos
ilude a morte ou vida
dita, contraria ditos
Como esta lida
lida com o estado
és lado só de ida
a volta é passado
Presente é forca
sem cedilha
pendura-a na boca
futurando a trilha
persiste
nos desalentos
até agora existe
mas não vive
nem despenca
pendurada no tempo
Amor percorre a morte
assim como a vida
amorte paga a sorte
de reviver a dívida
e sobre-viver em dobro
por não ser nem não
algo que possa ter troco
Proposa em descente
Enquanto papel, papeio
por que pôr querer?
Não quero, faço.
Disponha o ponto
E pronto! Ponto...
Quem não gosta de ser?
Ganhar pontos
ser delineado
Traçado e massageado
ou esgotado
de estar
estar clichelizado
Obras, oras!
Mãos à construção
Viva, sim, a revolução
por que não?
Brinde, prazer!
Estamos a s.ó.s, quer fazer?
por que pôr querer?
Não quero, faço.
Disponha o ponto
E pronto! Ponto...
Quem não gosta de ser?
Ganhar pontos
ser delineado
Traçado e massageado
ou esgotado
de estar
estar clichelizado
Obras, oras!
Mãos à construção
Viva, sim, a revolução
por que não?
Brinde, prazer!
Estamos a s.ó.s, quer fazer?
Sentido
As letras são bucetas
pretas e apertadas
quanto mais se apreende
mais se enxerga nada
Tudo o que querem
é serem devoradas
por narizes metidos
que as tornam gozadas
Assim o eco vira eureca
dependendo da 'posição'
o prazer é a mesma boneca
que se controla com a mão
pretas e apertadas
quanto mais se apreende
mais se enxerga nada
Tudo o que querem
é serem devoradas
por narizes metidos
que as tornam gozadas
Assim o eco vira eureca
dependendo da 'posição'
o prazer é a mesma boneca
que se controla com a mão
Macha-fêmeo (Tetralogia)
I
Boneca de Casa
Ela vai se perder
eles já estão lá do outro lado
o quanto mais afastados de você
Largaram a tua carga de silicone, não agüentaram
e até precioso e ajeitado como era teu nome, foi desmontado
Desmanchou-se o lindo molde maquiado
Ventou no seu ar, toda penteado
voa alienada pelo sopro deles
o chão entrelaça-os, masturbados
por estruparem o espelho, apaixonados
Reservados, por eles és discriminada
Desatada à vida, ex-tragada
Jamais dará novamente a luz
Eterna mãe da má sorte
Iluminada à morte, apagada?
Quem irás te acolher?
Eles já se colhem pelo cu
de salto-alto mortal
Acordada
De acordo com
meu quarto um circo
de sonhos e sonambulismo
Lá continua ela e todos riem
da manga tira um pijama
o truque da mágica a leva pra cama
Assim recomeça, repetidas cortinas:
peças numerosas de testas piadistas
Automatismo
Não me estico
A minha perna tem um dom
De palhaça, inteira pintada
III
Circuito das Bonecas
Não sairão da feira
para animar a festa
para odiar o que resta
para repor a fruteira
Nem plantarão bananeira
e colherão os seus gritos
e anunciarão esse infinito
e da história, pipoqueiras
Não serão só faladeiras
mas escandalizarão o circo
mas assistirão todo o mico
mas aos palhaços, brincadeira
IV
A Renascença sexual
A cabeça dos homens vendida
desvirgina a união que no grito vira uno:
todos únicos desgraçados
Hora de dez aparecerem
com elas mandamentos
fio delicado da vida
cabelos cálice com Ali se
aqui está você
ex-piada prendada
espada você fada
Vara esse condão
fadado o falsto é fauso
o estopim do seu rojão
é inverter o holocausto
Ele pactua o pensar sobre nós
condicionado a um trazeiro
ela já apronta seu travesseiro
dorme, ronca, mas ouve a voz
que o atormenta ao cantar
porque niná-lo tenta
o bicho que é só rebeldia
vem do colo que orienta.
Boneca de Casa
Ela vai se perder
eles já estão lá do outro lado
o quanto mais afastados de você
Largaram a tua carga de silicone, não agüentaram
e até precioso e ajeitado como era teu nome, foi desmontado
Desmanchou-se o lindo molde maquiado
voa alienada pelo sopro deles
o chão entrelaça-os, masturbados
por estruparem o espelho, apaixonados
Reservados, por eles és discriminada
Desatada à vida, ex-tragada
Jamais dará novamente a luz
Eterna mãe da má sorte
Iluminada à morte, apagada?
Quem irás te acolher?
Eles já se colhem pelo cu
escancarando o próprio buraco
Tu és a queda, o furo de reportagem
Abismo entre as margens
donde nascem, passam e a pisoteiam
as outras entregas de luz
II
Boneca do Circo
Acordada
De acordo com meu quarto
um circo de sonhos
e sonambulismo
Da menina, macacada
sumindo dentro do macacão
é que será apresentada,
sras. e srs., riam de montão:
Automatismo
Não me estico
A minha cara tem um dom
de palhaça, inteira pintadaE o espetáculo começa
abrem-se as cortinas do quarto
a luz do sol se manifesta
a bela aparece no dito teatro
eis a piada da peça!
depois ela pinta a testa
pó e batom é o que precisa
pra ficar pronta a Monalisa
Do palco sobe no circo
mostra saber contar os números:
Cara de pau da pernade salto-alto mortal
Acordada
De acordo com
meu quarto um circo
de sonhos e sonambulismo
Lá continua ela e todos riem
da manga tira um pijama
o truque da mágica a leva pra cama
Assim recomeça, repetidas cortinas:
peças numerosas de testas piadistas
Automatismo
Não me estico
A minha perna tem um dom
De palhaça, inteira pintada
III
Circuito das Bonecas
Não sairão da feira
para animar a festa
para odiar o que resta
para repor a fruteira
Nem plantarão bananeira
e colherão os seus gritos
e anunciarão esse infinito
e da história, pipoqueiras
Não serão só faladeiras
mas escandalizarão o circo
mas assistirão todo o mico
mas aos palhaços, brincadeira
IV
A Renascença sexual
A cabeça dos homens vendida
desvirgina a união que no grito vira uno:
todos únicos desgraçados
Hora de dez aparecerem
com elas mandamentos
fio delicado da vida
cabelos cálice com Ali se
aqui está você
ex-piada prendada
espada você fada
Vara esse condão
fadado o falsto é fauso
o estopim do seu rojão
é inverter o holocausto
Ele pactua o pensar sobre nós
condicionado a um trazeiro
ela já apronta seu travesseiro
dorme, ronca, mas ouve a voz
que o atormenta ao cantar
porque niná-lo tenta
o bicho que é só rebeldia
vem do colo que orienta.
Marcas
Depois de você
consolei-me
com elas
Sai pelo mar
fui pelas sereias
e torno ao cais
Marcas cenas
em mim duráveis
frágeis pólos
entre os dois
o plural no depois
faz-me a você
À mar, perder
errar no registro
mas tu conjugar
imensas vezes
até acertar
repetir no marco
viajar o seu barco
durante meses
consolei-me
com elas
Sai pelo mar
fui pelas sereias
e torno ao cais
Marcas cenas
em mim duráveis
frágeis pólos
entre os dois
o plural no depois
faz-me a você
À mar, perder
errar no registro
mas tu conjugar
imensas vezes
até acertar
repetir no marco
viajar o seu barco
durante meses
Inteiros
Desinteressados
mal há o que dizer
desses inteiros, dados
Mas é só
sem outro quê
quando não há
o que fazer
Perambulam-se, partem
corações de mosaicos
e assim, curtem...
Instintos desvalorizados?
Esses não têm baliza
não são ajeitados
para o que se enraiza
Como se interessar
naquilo que já foi
inteiramente
plenitude nesses dois?
Juntos e instantâneos
longe do cordial
próximos, no sensorial
inquestionados do errôneo
Sem preceitos
o mundo é me aceito
tu não serias o diferencial
também é só mais um primordial
mal há o que dizer
desses inteiros, dados
Mas é só
sem outro quê
quando não há
o que fazer
Perambulam-se, partem
corações de mosaicos
e assim, curtem...
Instintos desvalorizados?
Esses não têm baliza
não são ajeitados
para o que se enraiza
Como se interessar
naquilo que já foi
inteiramente
plenitude nesses dois?
Juntos e instantâneos
longe do cordial
próximos, no sensorial
inquestionados do errôneo
Sem preceitos
o mundo é me aceito
tu não serias o diferencial
também é só mais um primordial
Ninguém
Materializo meu significado
para além do conceito negativo:
minha pessoa não mais terceirizo
e ainda ajudo na auto-insatisfação
de tão à toa usado ganho forma:
da solidão viro autor contratado
Agora negocio com poetas
seus delírios terapêuticos
e até suas curas existenciais
dos editores sou a moeda
dos egoístas o narcótico
transformo amantes em ideais
E a raiva pelo motor, automático?
O joelho não funciona, quebra fácil
O relógio conversa muito rápido
nada me abandona
é tudo paz muda, eterna convivência
Rodeado de solitários
nunca estou isolado
no mundo dos abandonados
mas ninguém me procura
sou sempre conseqüência
Sou a aparência
sou a pessoa em sua ausência
um fato social inerente
a uma sociedade de doentes
carentes de qualquer companhia
Mas acorda, parede!
Não fique triste, vela
O seu olhar não diz, óculos
Será que alguém me vê?
O corpo da montanha é feio
e esse chão tão sem recheio
O sofá está atrás e não corre
Se eu não mais existir
ser destruído do virtual
não ser mais só, como os homens
deixá-los enfim sós, uma concretude
arrancando a desculpa da falta do ter
maquiladora do bem
e como as outras velhas crenças também morrer?
Suicidar-me para os corresponder
para além do conceito negativo:
minha pessoa não mais terceirizo
e ainda ajudo na auto-insatisfação
de tão à toa usado ganho forma:
da solidão viro autor contratado
Agora negocio com poetas
seus delírios terapêuticos
e até suas curas existenciais
dos editores sou a moeda
dos egoístas o narcótico
transformo amantes em ideais
E a raiva pelo motor, automático?
O joelho não funciona, quebra fácil
O relógio conversa muito rápido
nada me abandona
é tudo paz muda, eterna convivência
Rodeado de solitários
nunca estou isolado
no mundo dos abandonados
mas ninguém me procura
sou sempre conseqüência
Sou a aparência
sou a pessoa em sua ausência
um fato social inerente
a uma sociedade de doentes
carentes de qualquer companhia
Mas acorda, parede!
Não fique triste, vela
O seu olhar não diz, óculos
Será que alguém me vê?
O corpo da montanha é feio
e esse chão tão sem recheio
O sofá está atrás e não corre
Se eu não mais existir
ser destruído do virtual
não ser mais só, como os homens
deixá-los enfim sós, uma concretude
arrancando a desculpa da falta do ter
maquiladora do bem
e como as outras velhas crenças também morrer?
Suicidar-me para os corresponder
Barril de aposentos
Uma casa de níquel
tem as partes externas verdes
e se ninguém a alugar
ela mexerá suas paredes
Não admite abandono
Não quer continuar parada
Arruma-se e vai à balada
Desalmada, mora sem dono
Assusta qualquer um
pela jovem velhice
Sempre abre um vão
às segregas meninices
tem as partes externas verdes
e se ninguém a alugar
ela mexerá suas paredes
Não admite abandono
Não quer continuar parada
Arruma-se e vai à balada
Desalmada, mora sem dono
Assusta qualquer um
pela jovem velhice
Sempre abre um vão
às segregas meninices
Laranja: Arranjo de ares ou saúde efêmera
Raio de poeira do sol
faz engolir com frieza
e vomitar em forma de gripe
a seca.
A Terra, com dó,
dá de sua natureza
E quando a fruta invade o pulmão
voa um leão pela boca
resta deixar o bagaço
ir com o rumo da história
faz engolir com frieza
e vomitar em forma de gripe
a seca.
A Terra, com dó,
dá de sua natureza
à dependência da bronquite
a vitamina Certa E quando a fruta invade o pulmão
voa um leão pela boca
resta deixar o bagaço
ir com o rumo da história
Vida que ficou madura
expõe a ruga áspera e amarga
essa feia esconde fogo e doçura
Redonda, gorda e farta
Urina mas hidrata aquela mão
cúmplice que ainda a choca
Também não sangra nem pasma,
só cora a pele da memória
Gera o paradoxo da cor cética:
coração laranja no espelho
desejando toda mistura estética,
já não amarela nem vermelho
História pra dormir
Chocolate é bom, presente,
porque não entra pra história
o historiador se masturba
e assim não some
a história é de quem recheia
o bombom que come
que consome com som e
continua acordado
Pasta, que tá magro
Pasta, que não dorme
Pasta, que fica guardado
O boi continua a embalar a bosta
Como se não pastasse o basta
posto que vive uma aposta
porque não entra pra história
o historiador se masturba
e assim não some
a história é de quem recheia
o bombom que come
que consome com som e
continua acordado
Pasta, que tá magro
Pasta, que não dorme
Pasta, que fica guardado
O boi continua a embalar a bosta
Como se não pastasse o basta
posto que vive uma aposta
Leitura Esbaforida
Sob as letras, elas
por cima, a impressão
envolta às janelas
a nebular a dimensão
Embaçada superfície
que diverte
Sedutora meiguice
que se submete
Escrever o sentido
pra provar da imagem
é seduzir o contido
e evaporar as suas margens
por cima, a impressão
envolta às janelas
a nebular a dimensão
Embaçada superfície
que diverte
Sedutora meiguice
que se submete
Escrever o sentido
pra provar da imagem
é seduzir o contido
e evaporar as suas margens
A ginga do vento
Lépido ele namora
o mel e seus verdes,
a bruma de uvas
e a borboleta afora
Se desbravar as flores,
voar pra sabores,
enfrentar imensidões
causa-lhe potência,
A degeneração sucede
a convivência do poder
Eloqüência do permitir-se
até um não mais querer
Então queres, quereres
também o não querer
E que cada sedução
desfrute esse prazer
Lança
Falho, maldita vilã
tento te acertar
vontade vã
Um simples assentir
e estarei contigo
sem mais resistir
a esse olhar amigo
Vem que eu te quero
não só por querer,
mas porque espero
a sua vontade fazer
Mas o orgulho bate
de novo na heróica tarde
em que não se avança
porque meu coração não te alcança
tento te acertar
vontade vã
Um simples assentir
e estarei contigo
sem mais resistir
a esse olhar amigo
Vem que eu te quero
não só por querer,
mas porque espero
a sua vontade fazer
Mas o orgulho bate
de novo na heróica tarde
em que não se avança
porque meu coração não te alcança
Sim logismo
Dinheiro pode tudo
Tudo é dinheiro
Tudo pode ser
Pode então, ser tudo
pra poder dinheiro ter?
Vim do mesmo
Sou o que é você
Você é de dinheiro?
Deus é, amor
É tudo o que existe
Temos tudo
O que existe?
Crê no amor
que dá dinheiro
Rei do poder,
manda no mundo!
Tudo é dinheiro
Tudo pode ser
Pode então, ser tudo
pra poder dinheiro ter?
Vim do mesmo
Sou o que é você
Você é de dinheiro?
Deus é, amor
É tudo o que existe
Temos tudo
O que existe?
Crê no amor
que dá dinheiro
Rei do poder,
manda no mundo!
Os pais são "a paz do País"!
Pais são platônicos
amam e filosofam
eternos atônitos
daquilo que brotam
Do ser cuidam
dão a sua luz
em público batizam
desfazem todo juz
Padecem na paidéia
de idealizar um futuro
de servir-nos idéias
e nos manter imaturos
Mas somos público
não adianta anunciar
publicar-se único
republicamos, a replicar
amam e filosofam
eternos atônitos
daquilo que brotam
Do ser cuidam
dão a sua luz
em público batizam
desfazem todo juz
Padecem na paidéia
de idealizar um futuro
de servir-nos idéias
e nos manter imaturos
Mas somos público
não adianta anunciar
publicar-se único
republicamos, a replicar
Travessia
A quietude entre a noite e o dia
angustia o silêncio tão propenso
a dizer o que outros assuntos calam
Mudo, não mudo
decifrar essa vírgula me abala
entender qual poesia nos intermedia
e quando a tarde se revela
Velemos, pois
o infinito é profundo
e n'algum finito segundo
a arte cruza os dois
No instante tocado
O incidir será o existir
do eclipse esperado
angustia o silêncio tão propenso
a dizer o que outros assuntos calam
Mudo, não mudo
decifrar essa vírgula me abala
entender qual poesia nos intermedia
e quando a tarde se revela
Velemos, pois
o infinito é profundo
e n'algum finito segundo
a arte cruza os dois
No instante tocado
O incidir será o existir
do eclipse esperado
Profecia do vazio
Pára o mundo se vão
Vão achar, se morrer vão
mostrar, descobrir e cobrir. Vão!
Vão chamar para o mundo separar
Também vão mentir, fingir, refingir
Vão gritar, imaginar ou gargalhar num vão
Realizar-se-ão
Mas vão lembrar, vão esquecer
Enlouquecer, vão, desmaiar
Voltar vão voltar, vão, fazer
Vão viver, vão ressuscitar
Vão salvar, vão morrer.
parar?
Se no mundo morrer-se?Vão achar, se morrer vão
mostrar, descobrir e cobrir. Vão!
Vão chamar para o mundo separar
Vão se importar, vão se portar vão
decifrar o que não se falou,
acreditar no que não se sonhou,
saber o que não se sabia, vão
Discutir o que se sabia
vão saber que se vivia
Vão amar a vida morta
vão chorar, vão sentir
Vão gritar, imaginar ou gargalhar num vão
Realizar-se-ão
Mas vão lembrar, vão esquecer
Enlouquecer, vão, desmaiar
Voltar vão voltar, vão, fazer
Vão viver, vão ressuscitar
Vão salvar, vão morrer.
algemaria a trois
Aceitar a condenação
ao irresolúvel caos
do amor sem saída
é também negar
as grades da liberdade
Conseguir um estado
definitivo dentro da indecisão
é também escapar
de uma solução
Desconfiar de algo
que já não passa confiança
é também se render
à uma eterna fidelidade
Trair a própria certeza
transparecendo o perdão
é incondicionar o assumir
A indiferença permanece
pois esquece a segurança
do acreditar ou não
a sinceridade anulada
ordena a cumplicidade
a também não existir
As atitudes estão seladas
pelas desatitudes
Os feitos de grandeza
pelo desdém dos desfeitos.
O amor é o desamor
em sua plenitude
A liberdade tem existência
pois a prisão é absoluta
Não há saída, então não saio
A falta é que é a permuta
A vontade beijou a permanência
Viva o aqui, não mais agora:
Sempre
ao irresolúvel caos
do amor sem saída
é também negar
as grades da liberdade
Conseguir um estado
definitivo dentro da indecisão
é também escapar
de uma solução
Desconfiar de algo
que já não passa confiança
é também se render
à uma eterna fidelidade
Trair a própria certeza
transparecendo o perdão
é incondicionar o assumir
A indiferença permanece
pois esquece a segurança
do acreditar ou não
a sinceridade anulada
ordena a cumplicidade
a também não existir
As atitudes estão seladas
pelas desatitudes
Os feitos de grandeza
pelo desdém dos desfeitos.
O amor é o desamor
em sua plenitude
A liberdade tem existência
pois a prisão é absoluta
Não há saída, então não saio
A falta é que é a permuta
A vontade beijou a permanência
Viva o aqui, não mais agora:
Sempre
Estatus co-vadias
Ex-tonteou-me
destoou o tato
tocou na tontura
de me taxar
Diz-me doida
dó de doente
deixar de me doer
e do nada dizer
Expulsou o ex
exterminou de uma vez
e expôs-me lésbica
ao inexprimir-se homem
Mas morna maldosamente
Meus mórbidos mandatos
e mede as misérias mínimas
de me manter menos muda
Condiciona-nos à covardia
com um vigor de vadia
invadindo o coração
e vai com ela ao colchão
destoou o tato
tocou na tontura
de me taxar
Diz-me doida
dó de doente
deixar de me doer
e do nada dizer
Expulsou o ex
exterminou de uma vez
e expôs-me lésbica
ao inexprimir-se homem
Mas morna maldosamente
Meus mórbidos mandatos
e mede as misérias mínimas
de me manter menos muda
Condiciona-nos à covardia
com um vigor de vadia
invadindo o coração
e vai com ela ao colchão
Religião pós-doutorada
Os alucinógenos ingeridos hoje
são a porção de inconsciência
que fez a arte ficar epilética
o amor esquizofrênico
a sociedade alcoólatra
e a cabeça anorexa
O poeta carente e estabanado
debate-se para chamar atenção
volta a ser criança, desesperado
não aceita mais a solidão
sai convulsivo atrás de um refrão
O amor apagou
não pagou mais suas contas
serimônia ficou pervertida
tanto cultivo a estragou
atitudes isoladoras e distorcidas
A vida social
é estonteante e moral
porque legal é quem sabe beber
a embriaguez das paisagens
vicia a passividade e faz viver
Escancarado tanto
que não tem mais porquê
engolir idéias ou esconder
qualquer tipo de pranto
a vergonha quer emagrecer
Se não bastasse Deus não morreu
mas ressucitou na velhice
teve mal de ausymer
rejuvenesceu no reino universal,
e quis renascer pra suportar seu berro
são a porção de inconsciência
que fez a arte ficar epilética
o amor esquizofrênico
a sociedade alcoólatra
e a cabeça anorexa
O poeta carente e estabanado
debate-se para chamar atenção
volta a ser criança, desesperado
não aceita mais a solidão
sai convulsivo atrás de um refrão
O amor apagou
não pagou mais suas contas
serimônia ficou pervertida
tanto cultivo a estragou
atitudes isoladoras e distorcidas
A vida social
é estonteante e moral
porque legal é quem sabe beber
a embriaguez das paisagens
vicia a passividade e faz viver
Escancarado tanto
que não tem mais porquê
engolir idéias ou esconder
qualquer tipo de pranto
a vergonha quer emagrecer
Se não bastasse Deus não morreu
mas ressucitou na velhice
teve mal de ausymer
rejuvenesceu no reino universal,
e quis renascer pra suportar seu berro
Ponto, dê vista!
Varejão de opiniões atacadistas:
mire e Veja por todos os lados
Oferta de procuras
encontram no recibo
o melhor ponto de vista
E a raridade barata
contradisse o contra:
todo mundo é tão raro
que a discriminação
já desce pelo ralo
Agora só falta
a des-crime-nação
acordar de cima do cavalo
que a subida pelo caro
faz cair no mesmo mantra
mire e Veja por todos os lados
Oferta de procuras
encontram no recibo
o melhor ponto de vista
E a raridade barata
contradisse o contra:
todo mundo é tão raro
que a discriminação
já desce pelo ralo
Agora só falta
a des-crime-nação
acordar de cima do cavalo
que a subida pelo caro
faz cair no mesmo mantra
Poente
Hoje escrevi
que nem um touro
em nome do mato
odiei um ódio
Desci nas caatingas
brindei com as flores
insultei a poesia
falando de dores
Depois desconheci
e reconciliei, assim
nessa delícia.com
conhecer, concíliar comunico
Beijo, também
o que vier desse bem
a besta ou o bosta
quem não gosta?
Agora, simples, falo
pode historicizar
que não é poesia
é abalo, o significar
que nem um touro
em nome do mato
odiei um ódio
Desci nas caatingas
brindei com as flores
insultei a poesia
falando de dores
Depois desconheci
e reconciliei, assim
nessa delícia.com
conhecer, concíliar comunico
Beijo, também
o que vier desse bem
a besta ou o bosta
quem não gosta?
Agora, simples, falo
pode historicizar
que não é poesia
é abalo, o significar
Assinar:
Postagens (Atom)