Digo você
silêncio
digo sim e lê-se o
Digo
em silêncio
Assim lento
brando sem falácia
encontrei o cinzento
a cintilante águia
Vento sem máxima
o repouso do ar
no transe do olho
a pausa clásica
De classe inocente
movimento do sempre
só mostra a voz
mas não a sente
Cala-me a defesa
fazendo-me gritar
pela sua natureza
mantém a presença
Só é silêncio
sono frio sem tato
eu falando sozinha
ao amor sem ato
Rio de murmurinhos
sem nenhum olfato
não encontro meios
de provar seu tédio
Sua fuga ao leito
à mudez sem remédio
teu vazio no peito
me abraça sem crédito
Aceito e te beijo
mas nunca te pego
eco que se expande
fugindo por ego
Adentra o silêncio
e sinto o prazer
de garras, polêmico
e tão grave ser
Quieto, quieto
que estou muito lúcida
com você por perto
quando quero música
ENTRESCREVA, SAIATIRIZE, NAUFRAVIAJE, VIVOE, COMENTECAPTE, MINTALIZE, POETIZE, SARAUSE, RECADOE, ANUNCINTETIZE, VOMIMITEM, CUSPALHEM, ENFIM: QUALQUEIRAM!...
sábado, 20 de março de 2010
Dueto
E o sopro dos hormônios
estoura as cordas
dos neurônios
Completamente amarrada
pelo triz que me toca
puxando-me ao nada
Ao ar das notas
onde ventou uma troca
entre o sopro e a solta
entre o infinito e a hora
Há cordas e bocas
curvas e setas
horizontes e amores
dimensões e as flores
Mas não duas metas
ou contra-valores
são corpos harmônicos
arranjos na orquestra
Momentos sinfônicos
instrumentos dispostos
integram os compostos
de mais som na vitrola
E aumenta a frequência
da música que na viola
intensidade alta não falta
pra acompanhar uma flauta
estoura as cordas
dos neurônios
Completamente amarrada
pelo triz que me toca
puxando-me ao nada
Ao ar das notas
onde ventou uma troca
entre o sopro e a solta
entre o infinito e a hora
Há cordas e bocas
curvas e setas
horizontes e amores
dimensões e as flores
Mas não duas metas
ou contra-valores
são corpos harmônicos
arranjos na orquestra
Momentos sinfônicos
instrumentos dispostos
integram os compostos
de mais som na vitrola
E aumenta a frequência
da música que na viola
intensidade alta não falta
pra acompanhar uma flauta
Tente a ativa
É só tempo que a gente tem
tem tem tem tem
quem não tem põe morte
no que tem
Acabou-se o têm
agora é pó também
pegue o trem quem pode
e aposte na ponte
Ou pare o bonde
se tiver alguém
que te mantém
no poste
Tente a sorte
que o tempo vêm
e te dá um norte
até o além
tem tem tem tem
quem não tem põe morte
no que tem
Acabou-se o têm
agora é pó também
pegue o trem quem pode
e aposte na ponte
Ou pare o bonde
se tiver alguém
que te mantém
no poste
Tente a sorte
que o tempo vêm
e te dá um norte
até o além
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