domingo, 4 de setembro de 2011

vez da poesia

Dessa vez não queria
não queria que virasse poesia
dessa
vez não é ser, não é hora

É só um poder de aparecer
num enquanto infinito do agora
vez não é poder
é a história do instante de outrora

Vez não é você
filas de momentos à espera?
Do quê? Quantos mercados de vezes?
mulher vendida para as feras

Não quero ter vez
nem que seja sendo poesia
único tempo real do que já se fez
única vez sem nostalgia

Vez que passa mas que ainda é
dessa vez é que eu queria
queria mais que vez com você
como tem tua poesia

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