Enluarado de luzes florecidas
ele soou melodicamente batucado
em minha vida, alegre
implorando-me ilusões já entregues
Então ginguei-lhe lamentos
lacrimejando liberdades
enlouquecidas
d'outro relacionamento
E o atento burlou meus dias
Noites aromáticas com lindezas
era tanta beleza no prazer
difícil lembrar de me esquecer
que ali era o inferno
A me envolver de lamas
gostosas e escorregadias
lambuzadas de fogo
de água e terra em jogo
Do mundo todo
no triz da lenha
a queimar logo
fósforos de medos calmos
legando o consumo de algo
Enfim cai!
E o vento nos secou em pedra
nada firme, barro solto
feito assinatura de contratos
sem a lida dos outros
Feito datar estrelas em contos
torcer um pé e não se aguentar
no outro
de tanta dúvida
arrastar-se pelo lodo
Não encontrar submundos possíveis
a não ser cair nesse barro natural
esfarelando nosso laço conjugal
depois de sair, enfim
do meu maior inferno astral
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