sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tela

Da fumaça barbarulhenta
dos farelos nebulosos
do vento em cada assento
dos impulsos perigosos

Faz no chão um aumento
envolta de cumprimentos
a arrebatar sua coragem
numa margem atrelada

Corrida levanta a imagem
o peso da beleza carregada
flutua como giz no papel
desenho da vida interpretada

No lamber do pincel
é pendurada a sua morte
mas depositada a sorte
nas cores do grito

Apoio ao peito
obrigado a florir
enquanto o pretexto
era na luz sumir

Giz branco espalhado      no infinito
com a extravagância dos conceitos
rabiscados num desvario
até a tela do vazio

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