domingo, 22 de novembro de 2009

Fora d'água

Bem-te-vi desesperado
um tornado afoita
depena o transe à fora
vai triturado na moita

Fanático se balança
uma madeira o conforta
acolhedora raiz morta
tende acalmar o fôlego

Sôfrego pássaro preso
tanto pula feito ileso
que o abraço da árvore
só o traz frio e peso

Eis teu segredo
morno ar sufocante
calor que o dá medo
brincantes foguetes

Faíscam ardentes
sobem pelos arbustos
minas de fogo corrido
queimam o tronco opaco

Oco, explodem-lhes cinzas
chuva de brasa amiga
pingos de terra branda
afogam tua sede vândala

Pregados em folhas
deslizam os dois
livres de entraves
fortes como bolhas

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