Coração aritmado
bate bate no tempo
travado
na porta, pára
para fechado
Coração lento
dança no som
vai sem rebento
até algum tom
Coração estreito
pontual ao vento
atrasa o trajeto
teimando ir reto
Coração ninguém
de tanto que não tem
quer-se um ser só
que só é do peito
Coração atento
pelo ar obcecado
delira até o nó
continuar apertado
Cora sons
emudecido desmaia
deita no caos
espasma no gozo
e esvai
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